terça-feira, 25 de maio de 2010

Por que não devemos falar de sexo com homens?

Ontem eu tava por aí no Twitter quando li uma twittada da minha amiga Cíntia. Na mesma hora respondi: “Por que homem é tudo mongo. Se você fala de putaria com eles, mais cedo ou mais tarde eles acabam te taxando de “bizarra”“. Experiência própria. Juro pra vocês. E ainda tem mais: se você fala de sexo abertamente com homens, existe uma probabilidade altíssima de eles acharem que:

1. Você é muito bizarra. Ou ainda “areia demais pro caminhãozinho deles” (ridículo isso, faz duas viagens, porra!)
2. Você QUER louca e necessariamente DAR pra eles. (bestas!)

Ou o pior de tudo:

3. Você está, perdida e irremediavelmente apaixonada por eles. (Grrr… Filhosdaputa presunçosos!)

A Cí também falou sobre conversar sobre sexo com viados. Não acho que seja a mesma coisa. Tenho vários amigos gays e, definitivamente… Não é a mesma coisa! É esquisito, na verdade. Fico me sentindo inferior em técnicas e certas habilidades, if you know what I mean… Mas até que róla pegar algumas dicas com eles. Afinal, eu não tenho um pau e só sei como o negócio funciona mesmo em teoria. Na prática a gente faz o que pode, mas sei lá… Nunca parece ser suficiente! Enfim. Nem mesmo sei o quê é que pode estimular certa sensação aonde e nem quando.. Mas até acho que tenho um bom timing. E levando em conta que cada pessoa gosta de uma coisa diferente, isso fica ainda mais complicado!

But anyways, há uns 2 anos atrás, quando eu tinha amigos homens (em sua maioria), eu sabia (sei ainda) que eles me acham bizarríssima simplesmente por ser quem eu sou. Sim, simples assim. Tá certo que naquela época eu conseguia ser ainda mais tosca, mas de qualquer forma, era praticamente impossível que acontecesse qualquer coisa no sentido afetivo/sexual com qualquer um deles. Não sei o que eles tinham, se era medo de mim, ou nojinho, ou sei lá… Eu era tosca demais, bizarra demais (continuo sendo), experiente demais (não deixei de ser, nesse sentido só piorei/melhorei, escolha você), enfim…

Não converso mais nada com ninguém não. Nada mesmo. Estou relativamente reclusa nesse sentido, me preocupando mais com outras coisas. Se começam com o assunto do meu lado, eu simplesmente vou embora. Não reclamo mais de gente que fala de suas experiências como se relatasse um fato qualquer: eu simplesmente ME RETIRO do ambiente, por que acho constrangedor. É isso mesmo. E não é questão de eu ter “esqueletos no armário”… Quem pensa que é isso, pode ir à merda. Não tenho vergonha nenhuma do que já fiz e do que já vivi, mas acho não só indelicado, como desnecessário ficar confabulando sobre isso publicamente.

A única pessoa que tem o direito de vir com interrogatório sobre a minha vida sexual hoje em dia, é o meu médico. Nem pra minha mãe eu falo nada.

E por que eu não falo mais? Deixando claro: não falo mais nem com homens e muito menos com mulheres. Não falo mais por que simplesmente acho desnecessário, acho que não vale a pena. Sei lá, não vou ganhar nada com isso e além do quê, vão poder me tirar de “bizarra” a troco de nada (ou quase nada). Ao contrário da Cí, eu não sinto exatemente falta de conversar sobre isso com alguém, mesmo por que eu não ando nem sentindo mais falta disso (sexo) propriamente dito. Não estou me declarando aqui um ser puro e casto, nada disso. Mas só que agora, diferentemente dos anos anteriores, pra eu me disponibilizar a pensar no assunto e a avaliar possibilidades de prática… Demora. Demora muito. Plutão tem que cruzar com Saturno na casa de Júpiter (algo assim) e, talvez, se der algum eclipe, eu penso no caso.

Juro pra vocês que tem sido assim. E é melhor assim, garanto. Tenho que estar muito certa de que é o que quero, aí as coisas vão meio que se encaminhando, acontecendo de forma mais natural mesmo. Às vezes não é preciso nem fazer escolhas, mas simplesmente disponibilizar-se, ou não. Alguns comportamentos, a forma que as pessoas agem, reagem ou deixam de agir são muito, muito sutis… E é preciso de tempo e malícia pra ir entendendo as coisas, pois é bem difícil ter esse sei lá… feeling, acho. Esses (não)-comportamentos estão nas ausências de palavras e ações, não o contrário: por isso que não existem mais escolhas a serem feitas, e sim uma aceitação do que é pra ser, do que está ali. Acho que é por isso que ando enxergando as coisas com mais clareza ultimamente.

Oh, joy.

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