"Há um ano que eu pareço um disco riscado, repetindo sempre a mesma coisa. Que eu gosto de você mas não gosto do seu esnobismo, gosto de você mas não gosto do seu jeito escorregadio, gosto de você mas não gosto da sua vaidade. Estou sempre falando as mesmas palavras, e a gente se desencontrando, se desentendendo, seja no silêncio ou na repetição (..) Eu acreditava que fosse amor, por isso passei um ano acendendo uma vela pra Deus e a outra pro diabo, querendo você perto (...)
Um ano pedindo pra você me deixar em paz e nas entrelinhas gritando: me ame, seu idiota! e você surdo, mudo, cego e burro, desperdiçando o que eu tenho de mais sagrado, de mais inteiro e mais honesto. Você sempre foi corvarde que eu sei. Covarde. Se continuar moleque vai morrer sozinho. "Outra apaixonada'', você deve estar pensando. Não negarei, sou mesmo apaixonada por você, mas menos, bem menos do que já fui.
Pobre de você, don juanito, que teve mulheres bacanas na mão, não só eu, mas eu inclusive. Você bem que podia ter dado um basta nas suas pretensões e ter vivido um caso de amor igualzinho ao dos seus amigos. Você tinha, e tem potencial. Só não sabe o que fazer quando chega a hora de se entregar, prefere escapulir feito um rato.
(...) Você não merece meu carinho, meus elogios, meu apoio, nunca soube retribuir nem agradecer. Considera-se merecedor de todos os afetos, mas quem é você? Um príncipe escondido neste quarto-e-sala, em que vive, dirigindo esse seu corsa espacial. Nem bonito você é. Nem bonito. É o homem que eu amo, e isso lhe deveria servir. Mas se não serve, você dispensa esse tipo de sentimento barato, fazer o quê?"
domingo, 20 de junho de 2010
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