quarta-feira, 1 de setembro de 2010

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"O dia nasceu nublado, não vejo motivos para sair da cama,o que vejo não interessa a ninguém nem a mim mesma. Então poupo cada esforço, me sinto fraca e desalmada. Pra ser sincera, me sinto assim desde que você decidiu sair pela minha porta pra nunca mais voltar. Tô na fossa e é indivisível, eu sei, mas o que eu faço com isso que me sobrou? é nisso que fico pensando o dia inteiro, e também nas inutilidades dessa vida como café descafeinado, coca zero, chocolate light, qualquer coisa que ocupe o meu tempo. Se ao menos você pudesse me olhar nos olhos pra me dizer com toda a coerência como nós chegamos a esse ponto, talvez eu superaria mais rápido o processo, sei lá. Eu só quero que você fique sabendo que eu me perguntei mil vezes e ainda não consegui uma resposta completa, minha cabeça lateja pelas noites mal dormidas que tenho gastado com o meu mais novo discurso de fracasso, os remédios acabaram, então eu te peço com decência, não comece outra vez. Não me venha com aquela de que cada tristeza é recompensada com uma felicidade, você bem sabe que a vida não é tão justa assim. Não me ache insuportavelmente pretensiosa dizendo essa coisas, é que às vezes eu não sei por onde. Culpa do sangue barato que corre em minhas veias - e que me faz tentar te amar dessa forma tão vadia e humana."

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