segunda-feira, 30 de agosto de 2010

"Eu já não sei mais.Um minuto sem pensar e perco-me em tanta tristeza. Mas se penso, logo afundo, pois tento reparar, agressivamente, aquela noite catastrófica que não sai dos meus sonhos. É como disseste, fui afastando-me do meu amor e agora não tenho algum. Morri muito pra não morrer, permaneço triste, por isso existo. Sei que estavas ao meu lado sempre, todo o tempo que esperamos estava ali prestes a acontecer e por puro descuido, pura fraqueza e fracasso não deixei o fluxo correr. O pulso ainda pulsa, mas, por favor, salve-me ou deixe morrer dentro de ti porque é só essa morte que falta."
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"Todos me julgam e muitas vezes condenam-me por ter te amado, ou as vezes chegar a pensar em ti, porém estes não entendem que você foi e até agora é a única pessoa que me fez bem, que soube fazer de cada situação uma oportunidade, e sabiamente sabia o melhor para mim. Senti falta, chorei, me culpei. Não somente por ter perdido uma das melhores pessoas na minha vida, mas que com ela fazia a combinação perfeita."
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"A gente teve uma hora que parecia que ia dar certo. Ia dar, ia dar, sabe quando vai dar? Pra vocês, nem isso. A gente teve a ilusão, mas vocês chegaram depois que mataram a ilusão da gente."
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"Ou me quer e vem, ou não me quer e não vem. Mas me diga logo pra que eu possa desocupar o coração. Avisei que não dou mais nenhum sinal de vida, e não darei. Não é mais possível. Não vou me alimentar de ilusões. Prefiro reconhecer com o máximo de tranquilidade possível que estou só do que ficar à mercê de visitas adiadas e encontros transferidos."
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"Que a felicidade bata logo em minha porta, antes que eu troque a fechadura."
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"Só queria que ele percebesse uma vez o quanto mudei por causa dele. Pelo menos uma vez."
''Existem duas dores de amor:
A primeira é quando a relação termina e a gente,seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva, já que ainda estamos tão embrulhados na dor que não conseguimos ver luz no fim do túnel.
A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de virar desimportante para o ser amado. Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos. A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também...
Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou. Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém. É que, sem se darem conta, não querem se desprender. Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir, lembrança de uma época bonita que foi vivida... Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual a gente se apega. Faz parte de nós. Queremos, lógicamente, voltar a ser alegres e disponíveis, mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo, que de certa maneira entranhou-se na gente, e que só com muito esforço é possível alforriar.É uma dor mais amena, quase imperceptível. Talvez, por isso, costuma durar mais do que a "dor-de-cotovelo" propriamente dita. É uma dor que nos confunde. Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro das estatísticas: "Eu amo, logo existo".Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente e só então a gente poderá amar, de novo.''

"Onde você foi? Eu sinto muito sua falta. Parece que é pra sempre que você foi embora
Ela disse "Alguns dias eu me sinto como merda, alguns dias eu quero parar e ser normal só um pouco. Eu não entendo porque você tem sempre que ir. Eu vou junto mas as viagens sempre parecem tão longas. Eu me encontro ligando, fico no telefone porque sua voz sempre me ajuda quando me sinto só, mas me sinto um idiota esperando sua ligação. E nada. Eu quero que você saiba que é um muito foda que eu fico aqui esperando, às vezes debatendo, contando a você o que eu tive com você. Eu e o resto da familia aqui cantando "onde você foi?" (...)
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(...)acontece que quando se ama de verdade, existe a vontade de ser sempre o melhor que se possa ser existe sim o desejo de chegar o mais perto possível da perfeição - se não puder tocá-la, que ao menos a tangencie.
muitas pessoas estufam o peito ao dizer que não cedem, muitas dessas mesmas pessoas enganam-se achando que realmente gostam de alguém. amor requer cuidado, carinho, precisa ser tratado com respeito. amor não é auto-suficiente, precisa ser diariamente alimentado. amor se constrói num substrato de pequenas atitudes que se transformam em gestos inesquecíveis, tornam-se fotografias guardadas na memória.
atropele o orgulho que tanto tenta impedí-lo de dizer e fazer o que mais tem vontade. passe por cima de qualquer sentimento que o impessa de fazer o que você sente. se ainda assim estiver hesitante, coloque prós e contras em cima da balança. pense, repense, considere, reconsidere, arrisque-se. perca o medo de se machucar, mas, sobretudo, perca também o medo de ser feliz.
e enquanto estiver feliz não se esqueça de não se privar de mostrar os dentes pra quem quiser vê-los.
na minha balança não existe um só peso do lado de lá."
"O único motivo que ainda te escrevo, é justamente essa angústia de ter sempre algo a dizer, e por diversas vezes ter que ficar calada. Não por opção, e sim por obrigação. Creio que a monotonia tenha sido tamanha, a ponto de desmoronar tudo que construímos. Essa foi a verdade ou talvez só mais um eufemismo para algum defeito meu. Quero dizer que, estou em busca de uma aventura e talvez eu não tenha dado o tempo necessário pra você arrumar suas malas e se juntas a mim.
Ah, eram tão mágicos aqueles tempos. Os nossos tempos. Era apenas aquilo, tua vida misturada a minha, tão natural, tão intenso. E você me olhava com os olhos atentos, fascinados. Eu, tão opaca.. Mas tudo vai passar meu caro, e só restará as lembranças boas, aquelas que lembraremos daqui a algum tempo e iremos rir.. Lembraremos como era fascinante o eu e o você, ter tornado um nós tão inexplicavelmente único.. E quando passar, vamos entender que todo amor excessivo requer um tempo de solidão. Um tempo pra crescer e aprender a deixar os receios de lado da maneira mais sutil possível.
Pois é, a triste verdade, é que as coisas foram se empoeirando, as luzes foram se ofuscando, e perdendo a luminosidade que tinha quando a acendemos, as cortinas foram se fechando antes mesmo de acabar o espetáculo.. E o que virá depois desse ciclo vicioso? Sobretudo, a necessidade.
Agora eu deixo o vento levar as magoas, as palavras perdidas, as desculpas não atendidas, os valores não dados, os apelos de paz não atendidos.. Deixo o vento levar junto com ele, toda a culpa. Minha. Sua. Nossa culpa, e sopro pra eles irem longe da gente. Só não deixo que ele leve as memórias, porque fora a coisa mais fascinante que me resta. Portanto, depois de todo o processo, eu me levantei, me recompus, limpei o rosto, afastei a necessidade e desde aí tento seguir em frente."
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"Você está me abandonando e eu nada posso fazer para impedir. Você é meu único laço, ponte entre o aqui de dentro e o lá de fora. Te vejo perdendo-se todos os dias entre essas coisas vivas onde não estou. Tenho medo de, dia após dia, cada vez mais não estar no que você vê. E tanto tempo terá passado, depois, que tudo se tornará cotidiano e a minha ausência não terá nenhuma importância. Serei apenas memória, alívio, enquanto agora sou uma planta carnívora exigindo a cada dia uma gota de sangue para manter-se viva. (...) Mas um dia será demasiado esforço, excessiva dor, e você esquecerá como se esquece um compromisso sem muita importância. Uma fruta mordida apodrecendo em silêncio no quarto."
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"estou precisada de emoções. é com muita sinceridade que lhe digo: continuo insatisfeita e catastrófica, boy. não mudei muita coisa, as mesmas neuroses de sempre me perseguem. os mesmos pensamentos e a aquela única destreza: estou me esforçando para parecer intangível. às vezes eu fico oca, mas é com muito cuidado que insisto no contraponto, no caso, amar. acima de todas as coisas. amar o outro na extensão do meu próprio corpo, até onde os meus dedos conseguirem tocar e a minha língua conseguir sentir o gosto. é assim mesmo que se diz? meu deus, como a gente se trai com essas idéias. é tudo tão apaixonado que eu nem sei se sei ou se acredito. e ao mesmo tempo é tudo tão down. a gente não se doa, boy, a gente mal se vê nos olhos, na pupila dilatada do outro. apenas acenamos afirmativamente com outros propósitos."

sinto falta de cuidados.